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Adriana Villela publica carta em apoio a Francisco Mairlon

  Adriana Villela publica carta em apoio a Francisco Mairlon Arquiteta afirma que Mairlon foi preso injustamente e critica falhas no sistema...

 Adriana Villela publica carta em apoio a Francisco Mairlon

Arquiteta afirma que Mairlon foi preso injustamente e critica falhas no sistema de Justiça



Mairlon estava preso desde 2010 e foi solto em outubro deste ano - (crédito: Ed Alves CB/DA Press)
A arquiteta Adriana Villela publicou, nesta sexta-feira (24/10), uma carta aberta nas redes sociais em que comemora a liberdade de Francisco Mairlon Barros Aguiar, que havia sido condenado pelo triplo homicídio ocorrido na 113 Sul, em 2009. No texto, ela afirma que Mairlon é um homem inocente que passou quase 15 anos preso por um erro judicial induzido pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Distrito Federal.
A carta foi divulgada dias após a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que anulou a condenação e determinou a soltura de Mairlon, preso desde 2010. Nela, Adriana também declarou solidariedade a ele e aos familiares.
“Ainda que eu não o conheça pessoalmente, sempre imaginei que Francisco fosse inocente pela forma como foi trazido para as investigações pela Corvida - a delegacia que manipulou e editou os depoimentos do ex-porteiro Leonardo e de Paulo para incriminarem a mim e a ele”, publicou a arquiteta.
Na mensagem, a arquiteta também critica o que chama de falhas nos mecanismos de controle do sistema de Justiça e diz esperar que “a luz da verdade corrija também a injustiça” da acusação feita contra ela. Villela havia sido condenada a 61 anos e três meses de prisão no Tribunal do Júri, pelo assassinato dos pais e da empregada da família. Em uma reviravolta que ocorreu em setembro, o julgamento foi anulado por 3 votos a 2 no STJ.
"Por 15 anos, eu também tenho clamado por justiça, enfrentando acusações infundadas baseadas em depoimentos inconsistentes, laudos periciais desqualificados e interpretações distorcidas da minha vida pessoal”, afirmou.
Segundo Adriana, todos os erros e acusações falsas poderiam ter sido evitados com uma atuação séria e vigilante dos órgãos de controle, e ressalta ser urgente que esses instrumentos sejam revistos.
“Na época, a Corregedoria da Polícia Civil e o Núcleo de Controle Externo do Ministério Público foram acionados, e a OAB também interveio, recomendando a apuração de abusos e manipulações que, hoje, são de conhecimento público. É urgente que esses instrumentos de fiscalização e controle sejam revistos e fortalecidos”, ressaltou.

Ao Correio, o advogado de Villela, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, relembrou que a inocência de Francisco é sustentada pela defesa desde o início. “Ele foi injustiçado”, afirmou.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) afirmou que vai recorrer da decisão do STJ que anulou a condenação de Adriana Villela. Recentemente, o MP apresentou um embargo de declaração pedindo a suspensão do andamento do processo no Tribunal do Júri até o julgamento da peça, mas o juiz responsável negou o pedido, ressaltando que esse tipo de instrumento não impede o prosseguimento da ação, a menos que o próprio tribunal determine.



Crédito Correio Braziliense/Nathália Queiroz