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Gayer aciona TCU para investigar gestão dos Correios e escalada da dívida pública em meio à piora fiscal

Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados Brasília — O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) protocolou, nesta sexta-feira, 05, uma série...

Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

Brasília — O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) protocolou, nesta sexta-feira, 05, uma série de ações de fiscalização junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), reforçando o uso dos instrumentos de controle externo diante de indícios de má gestão em áreas estratégicas do governo federal. As iniciativas incluem dois ofícios encaminhados ao órgão e um requerimento formal de informações dirigido ao Ministério da Fazenda.
No Ofício nº 135/2025, o parlamentar solicita que o TCU realize auditoria completa sobre a gestão do ex-presidente dos Correios, com foco no reajuste salarial autorizado por ele próprio, na concessão de quarentena remunerada de R$ 319 mil e nos prejuízos acumulados pela estatal — que somaram R$ 2,6 bilhões apenas em 2024, com agravamento em 2025. O pedido também questiona possíveis conflitos de interesse envolvendo a transição do ex-dirigente para um escritório de advocacia com atuação política, além de eventuais falhas de governança e riscos à integridade administrativa.
Já no Ofício nº 134/2025, Gayer requer auditoria específica sobre a evolução da dívida pública brasileira e o agravamento dos resultados fiscais recentes, que incluem um déficit nominal superior a R$ 1 trilhão e despesas com juros em níveis recordes. O documento pede que o TCU avalie a conformidade das ações do Executivo com o Arcabouço Fiscal, investigue riscos de insustentabilidade e encaminhe relatório técnico ao Congresso com achados e recomendações.
Além dos ofícios, o parlamentar apresentou o Requerimento de Informações nº 8021/2025, no qual demanda esclarecimentos do Ministério da Fazenda sobre a piora simultânea do resultado primário e nominal, o impacto da taxa Selic na trajetória da dívida e as medidas de contenção de despesas adotadas desde 2023. O texto cita dados recentes do Banco Central que mostram deterioração expressiva das contas públicas, com a Dívida Bruta do Governo Geral alcançando R$ 9,9 trilhões  aumento de sete pontos percentuais desde o início do atual governo.
As ações integram um conjunto de iniciativas de fiscalização voltadas a esclarecer a origem dos desequilíbrios financeiros observados nas estatais e na administração federal, além de garantir transparência, responsabilidade e controle institucional sobre decisões que impactam diretamente o patrimônio público e a sustentabilidade fiscal do país.